Nosce te ipsum.

" Se você não pode enxergar a própria sombra, precisa procurá-la. A sombra se esconde na vergonha, nos becos escuros, nas passagens secretas e nos sótãos fantasmagóricos de sua consciência. Ter um lado sombrio não é possuir uma falha, mas ser completo. Há uma dura verdade a confrontar. Estamos todos vivendo com os destroços de ideias fracassadas que um dia pareceram soluções perfeitas. Cada solução combina com o quadro daquilo que constitui o lado sombrio. "
( O Efeito Sombra. )

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Tendências de fim de noite.

  E cá estamos nós: Eu, a noite e um gato branco e preto que descansa sobre o muro da casa da frente. Eu, aqui do alto imagino novas possibilidades de um amanhã com um pouco menos de asfixia. Na verdade, estou há alguns anos em busca de uma solução para o dia que seguirá... E há anos as noites vêm e vão sem solução alguma. 
  Um coração em queda. Um coração delirante. Uma mente em apuros. E permaneço gritando e repetindo aos quatro ventos: Quem pensa demais, sofre demais! E sofrendo permaneço. Antes sofrendo do que afogada em uma mente cheia de vazio e escuridão.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Que em mim injetem rum e soro para despertar! Que em mim injetem rum e soro para reanimar! Que em mim injetem rum e soro para me fazer ver, me fazer crer, me fazer ser! Que em mim injetem rum e soro na veia mais proxima... Que em mim injetem para fim algum!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O "L" contra o vazio.

  Coração à deriva nas profundezas busca âncora em qualquer lugar. Em busca do SORRISO, OLHAR e PELE. Desprende-se do verbo, prende-se ao toque.
   Recusa o mistério. Mentira. Encanta-se com o mesmo e finge seguir em frente sempre, mas nunca esquece as gotas de chuva na janela da alma. O vidro embaçado, as letras desenhadas no vapor. O " L " contra o vazio. Guerra sem fim.
   Vozes sem dono dizendo mil e duas coisas. Olhos baixos me manipulando e fazendo todo um xadrez emocional. Não há mais peão algum. Em xeque, mas eu não morrerei. Morri há algum tempo. Morri com os olhos, apenas. Perdeu-se o brilho, a cor.
   Atiro-me ao limbo todas as noites na esperança de uma anestesia que nunca virá. Uma anestesia que vá me poupar do pior, mas o pior sempre virá.
   A cama congela a noite inteira. É tudo inquietante demais. Reviro-me ao avesso, mas nunca esqueço que o Sol voltará.
 (:::)