O melhor a se fazer é deixar a ferida aberta sangrar. Deixar que sangre até que todo o veneno saia, deixar que o veneno saia e pare de corroer esse coração de batidas fracas. O sangue é frio e escorre por todo o quarto vazio. Um rio vermelho se faz e ninguem consegue enxerga-lo. Ninguem tem conhecimento sobre o que acontece por aqui quando as luzes se apagam. Na verdade, nada fisico acontece. São só as lembranças penduradas no teto, escritas nas paredes e flutuando pelos cantos. Tudo aqui tem um toque daquela que me fez sorrir durante muito tempo. O lado esquerdo da cama e o lado esquerdo do peito, ambos pulsando ao som da falta que ela me faz. Perguntas que não calam, e que ja nao consigo calar. Está na hora de seguir em frente, eu sei. Muito tempo se passou e até tenho consciencia de que é bobagem insistir. Mas, o que posso fazer? Nada que vem até mim consegue me agradar completamente. O que vem me sufoca demais. Quero algo que saiba lidar com os meus vazios e que tenha vazios que eu consiga lidar. Complicado, eu sei. Mas deixa estar. Já disse que seguirei sem expectativa alguma. Expectativas são só o primeiro degrau para uma linda e enorme frustração. Isso não são lamentos. Longe de mim estar aqui com lamentações. Isso são só pensamentos, dos piores. O pior.
Eu queria ser a inspiração para um texto seu, mas deixa estar.
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