Sol e café.

Podemos tentar algo novo. Um café, talvez. Ou quem sabe possamos ir ver o Sol se pôr na beira do rio. Podemos tentar dar as mãos novamente e ver onde vai dar. Se ainda for amor, certamente isso pulsará dentro de nós, e nós sentiremos o quanto os nossos sentidos permaneceram falhos até então. E aí, talvez a gente volte a ver sentido entre nós. Talvez você volte, talvez eu só esqueça. Levemente. Suavemente. E então, eu seguirei em frente sem os seus abraços, os seus beijos ou sua falta de concordância sentimental. Eu seguirei com lembranças, essas que me atordoam onde quer que eu vá. Ou podemos talvez, esquecer o café, o pôr do Sol e até o " seguir em frente ". Afinal, por falar em café, querida... O café anda meio amargo. Há tempos não sinto o gosto bom que você trazia as meus dias. Há tempos não sinto o gosto doce dos teus lábios rosados. Faz tempo, amor. Mas ainda sim eu te vejo ao fechar os olhos. Te vejo bem na minha frente, você e esse seu sorriso de quem não vale nada. Esse seu sorriso de canto, tão parecido com o meu. Esse sorriso que quando você deixa escapar deixa os teus olhos puxadinhos, lindos. Você ainda insiste em saber por onde ando. Deveriamos mesmo deixar assim, desse jeitinho. Você aí e eu aqui, a cada dia inventando um pouco mais de distância entre nós. Que fuga ! Esse teu coração foragido só quer um pouco mais de amor. Um pouco mais de tardes quentes.