Meu emaranhado de premissas.

Muitas linhas e muitas coisas a serem ditas. Verdades e mentiras aqui dentro desse meu coração. Ainda assim as mentiras são tão verdadeiras que eu as uso para te contar as verdades.

Chumaço de algodão.

Não é que eu sinta raiva. É mais uma questão de nojo e de principios. Logo depois que escrevi sobre máscaras estive andando em alguns orkuts e acabei vendo uma coisa que me chamou a atenção... Me chamou a atenção essa mania que determinadas pessoas tem de tentar esconder coisas ou pelo menos tentar cobrir coisas com outras coisas que metade do mundo sabe que não tem fundamento algum. É como se essas pessoas acreditassem que as outras pessoas simplesmente irão fechar os olhos para a verdade. Oh, me desculpe... mas eu não consigo fingir que sou tão cega assim. Tudo bem, as pessoas mudam... as coisas mudam... mas tem certas coisas que são simplesmente fato e que não importa o quanto mudem continuarão tendo a mesma verdade por trás daquilo... só muda o que vem superficialmente, o que há como base verdadeira não muda de forma alguma. Ah, que venham todas essas pessoas e suas caras pálidas para cima de mim, tentando me fazer acreditar em coisas que qualquer pessoa sem conhecimento algum sobre aquelas coisas ou pessoas não acreditariam. São as mentiras mal contadas e as farsas mal feitas. E agora eu pergunto... Em que privada você jogou aquilo que você chamava de cérebro ? Porque para mim, vocês jogaram foi aquele chumaço de algodão que havia dentro da caixa craniana de vocês por água abaixo... e vocês ainda tem é sorte que os ratinhos dos esgotos deverão fazer melhor uso dessa coisa que vocês tinham que deveria ser pensante, mas acabou sendo só um monte de merda e de nada. Me desculpe quem não gostar do que digo, mas sabe, nojo é o máximo que eu consigo sentir.

Damn hypocrisy.

É, de fato não passamos de seres que tem que esconder todos os dias a verdadeira face por medo de mostrar quem realmente somos para o mundo lá fora. A todo momento estamos colocando uma máscara diferente. Somos cheios de medo, morremos de medo de mostar os nossos olhos, a nossa face. Temos medo porque o mundo lá fora não está preparado para descobrir quem realmente somos. O mundo não está preparado e é muito facil acreditar que ele nunca estará. Somos apenas uns malditos mascarados no carnaval da vida. Precisamos todos os dias fingir sorrisos, fingir que está tudo bem, fingir até que somos fortes. Quanta hipocrisia. Quanta enganação. E mais hipócrita é o que tem coragem de dizer que não usa máscaras em um mundo que só sobrevive quem se esconde atrás delas.

Domingo.

Cozinhando em banho maria ! Mas de qualquer forma... Isso é tão confuso que eu só consigo me imaginar pulando pela janela. Muito do que se sente, é preferivel que vire apenas link... porque caso vire algo mais, lá na frente só destroços restarão. Então deixa tudo como está... deixa quieto esse amontoado de toxinas que sai do meu coração.

Bilhete.

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

( M. Q. )

'' ... Só a boa literatura poderá evitar o tráfico final desta mecanização: o homem criando mil milhões, virando máquina azeitada que age corretamente ao apertar do botão - estímulo adequado. A arte, e dentro dela a literatura, é talvez a mais poderosa arma para evitar o esclerosamento, para manter o homem vivo, sangue, carne, nervos, sensibilidade; para faze-lo sofrer, angustiar-se, sorrir e chorar. E ele terá então a certeza de que ainda está vivo, de que continua escapando (...) O homem do século XX, bicho de concha, criatura intransitiva, se enfurna dentro de si própio, ilhando-se cada vez mais, minado pelas duas doenças do nosso tempo: Individualismo e solidão. '' ( Ely vieitez lanes )

Ciclo encerrado.

Para que uma porta se abra é necessário que uma outra porta se feche. É necessário que as coisas deixadas de lado não sejam simplesmente deixadas de lado, mas que sejam realmente esquecidas, é necessário que se tire do que passou a lição que se tem de ser tirada e o que restar apenas como peso mental seja excluído. O fim de um ciclo marca o inicio de um novo, marca uma renovação, renovação em que as mudanças se fazem presentes e a tranqueira do passado é largada na lixeira. É quando o imponderável do sempre curioso caos revoluciona mais uma vez os momentos antes monótonos da nossa vida. O novo ciclo também terá seus altos e baixos, e sempre se espera que os baixos não sejam causados pelos erros por hora transpostos do ciclo anterior.

Stab !

As minhas mágoas eu tento afogar em uma varanda, com uma caneca de capuccino bem quente e alguns cigarros de menta. Mas então... o ultimo cigarro chega ao filtro, declarando o seu fim. As pinturas abstratas da fumaça misturada aos meus pensamentos já não estão mais presentes. O capuccino tambem acaba assim, trazendo o frio de volta. Ah, mas que infortúnio... O que será do meu resto de noite aqui, nesse vazio ? Será um fim de noite como todos os outros fins de noite que eu tive, desde que comecei a conhecer esse mundo em que me obrigam a viver. E sabe... No pacote da ''Vida'' deveria ter escrito que as mágoas sabem nadar. :)