Eu vi !

Essa coisa toda de sentimentos é demasiadamente estranha. Algumas vezes algumas pessoas sentem coisas que aparentemente são impossiveis... Sentem algo forte, um amor forte e sem reciprocidade. A pessoa passa a vida inteira lutando por aquele sentimento... e quando enfim consegue fazer com que o outro sinta tambem... Simplismente tudo acaba como se nunca tivesse existido. Como se o outro nunca tivesse sido o suposto grande amor da vida alheia. Talvez nunca tenha sido amor... talvez aquela pessoa que tanto lutava nunca tenha amado a outra. Talvez ela sentisse amor apenas pela dificuldade de ter, pela ausência. E quando então tudo estava ali, era seu... perdeu a graça. E um pequeno detalhe em questão: e aquela pessoa, que nunca quis amar ? como fica ? com um sentimento tão esperado que agora é apenas insignificante ?! Tudo bem... as pessoas tem mesmo esse risco caracteristico de estranhismo. Tem essa coisa toda de não saber o que bem quer... e quando tudo está ali, o que se bem tanto quis... agora não importa mais.

Sensações. ou não.

Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro, os números de sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguem, mas não há alguem solidario o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos , quando teus pés se perderem do chão, você vai lembra da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você e aí só terão algumas músicas se repetindo no seu rádio: as nossas.Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter o nosso mundinho delicioso de novo. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. E quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado demais , ou nem será mais o mesmo, ou até mesmo eu nem queira mais te atender. E se você bater na minha porta ela estará muito trancada e se estiver aberta mostrará uma casa vazia.Teus olhos te ensinarão o que são lagrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto.
O nome do enjoo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá chama-se tristeza. Então quando os dias passarem e eu não te ligar , quando nada de bom te acontecer e ninguem te olhar com meus olhos encantados... você encontrará a famosa solidão. A partir daí o que acontecerá chama-se surpresa e provavelmente o rémedio para todas essas sensações acima seja o tal do tempo em que você tanto falava.


Autor completamente desconhecido. '-'

Sobre Viver.

Viver para mim... é isso mesmo: uma série de acidentes controlados. Somos um carro que sai de uma faixa de '' Inicio '' sem direção certa e sem uma hora marcada para o fim. A vida... o nascer, o crescer, ouvir musica, tomar água, respirar... o sorrir, o chorar... tudo depende de quem, de como. A vida é um pacote do inevitável e de opções. Uns optam por não ir, outros por ir... uns fogem, outros se trancam dentro de um quarto... uns vão ao mar, outros às montanhas... A vida é isso. Varias estradas com varios desvios, curvas e acostamentos. Cada vida com seus precipicios e seus resgates. Uma série de coisas... que nos levam sempre ao mesmo lugar. Nos levam sempre ao FIM da estrada... que apesar de não ter hora marcada... uma hora irá chegar.

Trechos...

'' A manhã nos traz uma paz lúgubre. O sol, dolorido, nos mostra seu rosto. ( Vamos sair e falar destas tristezas. Um verão perdão e outros castigos, pois nunca houve uma historia tão dolorosa como esta de Julieta e sua bela... Julieta ! ) '' ( South of nowhere ! )

Talvez eu até tenha encontrado a porta certa para sair de tudo isso e... eu só não tenho coragem de abrir. Certo... vou confessar que tenho medo. Morro de medo do que possa existir atrás da porta. O fim de toda essa tempestade. Mas e se houver algo mais ? e se depois do caos tudo permanecer vazio demais ? Não consigo mais me sentir vazia. O vazio dói tanto quanto sentir. E talvez eu até sinta... só não consigo admitir.